segunda-feira, 31 de maio de 2010

NA LOJA DO FERREIRO...

Na loja de um ferreiro existem três tipos de ferramentas. Na pilha de lixo existem ferramentas:

ultrapassadas,

quebradas,

sem corte,

enferrujadas.

Elas são colocadas num canto, cobertas por teias de aranhas, sem uso para o uso para o seu mestre e suas utilizadas são esquecidas.


Na bigorna existem ferramentas:

derretidas,

fundidas,

moldáveis,

alteráveis.

Elas ficam na bigorna, sendo modeladas pelo seu mestre, aceitando o seu desígnio.


Existem ferramentas de muitas utilidades:

afiadas,

preparadas,

definidas,

movíveis.

Elas ficam prontas na caixa de ferramentas do ferreiro, disponíveis para o seu mestre, cumprindo o seu desígnio.


Algumas pessoas ficam sem uso:

vidas quebradas,

desperdiçando talentos,

fogo apagado,

sonhos destruídos

Outras ficam na bigorna:

Corações abertos,

famintos para mudar,

ferimentos sendo curados,

visões tornando-se claras

Elas dão boas-vindas às dolorosas pancadas do martelo do ferreiro, desejando serem refeitas, suplicando para serem utilizadas.


Outras repousam nas mãos do seu Mestre:

bem-sintonizadas,

determinadas,

polidas,

produtivas.

Elas respondem de antemão ao seu Mestre, sem pedir nadas, entregando tudo.


Todos nós nos encontramos em algum lugar da loja do ferreiro. Ou nós estamos na pilha (monte) de fragmentos, ou na bigorna das mãos do Mestre, ou na caixa de ferramentas. (Alguns de nós nos encontramos nos três lugares.)


Para você que faz a viagem – que deixa a pilha (monte) e entra no fogo, ousa-se a ser martelado na bigorna de Deus, e obstinadamente procura descobrir o seu propósito – tenha coragem, pois você aguarda pelo privilégio de ser chamado “instrumento escolhido por Deus”

Nenhum comentário: