quarta-feira, 19 de maio de 2010

PEDROS, JOÃOS E MARIAS...VIVA A DIFERENÇA!


Não que já recebi, ou já tenha sido completado, mas sigo para obter aquilo pelo que fui conquistado por Cristo Jesus. Filipenses 3.12
Algo que me impacta profundamente é o amor de Jesus por cada homem, cada mulher, cada pessoa. Aquelas que já existiram, as que existem e aquelas que ainda existirão. Amor extravagante, amor imensurável, amor incomparável. Mas um detalhe chama atenção: o fato de Jesus transformar o caráter de cada pessoa que se rende a Ele não anula a personalidade de seus discípulos.
Ele trabalha em nós à medida que permitimos e desejamos o seu toque. Ele nos cura, liberta e transforma, a fim de que nosso temperamento, nossos dons, habilidades e características pessoais se alinhem como o Seu querer soberano. Assim, podemos nos tornar vasos de honra, instrumentos excelentes, afiados e úteis em Suas mãos.

Fico imaginando Pedro, um sujeito rude, ousado, impulsivo! O Pedro que minha mente desenha através dos relatos bíblicos é um grandalhão, queimado de sol com cabelos desgrenhados, mãos grandes e calejadas, braços forjados pelos anos de pesca, um sorriso largo e um coração apaixonado por Jesus. Toda essa paixão podemos ver explodir depois da ressurreição de Jesus.
Jesus podia ter descartado Pedro depois de três “punhaladas”. Pedro negou Jesus três vezes, apesar de três anos andando juntos, comendo juntos, convivendo diariamente. Pedro negou conhecer o homem a quem viu curando enfermos, ressuscitando mortos, multiplicando pães e peixes, andando sobre as águas. A mesma boca que disse “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”, também disse “Eu não o conheci”.

Jesus poderia dizer: Pedro, Pedro, você “pisou na bola”, você se deu mal, não serve mais para ser meu discípulo. Entretanto Jesus deu a Pedro a chance de se redimir quando perguntou por três vezes: Pedro, tu me amas?Daquele pescador rude e impulsivo, Deus fez um líder disposto a morrer para que as boas novas de salvação chegassem a toda criatura. Todo o potencial de Pedro foi aproveitado para o reino de Deus de maneira explosiva. Sob a envergadura do arco do Senhor, Pedro se tornou a flecha que atingiu o alvo em plenitude e beleza.

Muitas vezes queremos fazer o papel do Espírito Santo e tentamos convencer as pessoas de que elas devem ser mais falantes, mais ousadas ou, talvez, nos incomodamos porque fulano conta o seu testemunho com tanta paixão, “Ele podia pegar leve”, afinal o que as pessoas vão pensar dele?
A verdade é que Deus busca “Pedros” e “Paulos”, “Marias” e “Martas”, “Joãos” e “Lázaros”, cada qual com suas peculiaridades, suas características e temperamentos. E o Seu propósito é que cada um de nós desempenhe o seu papel, desenvolva sua salvação e se renda a Ele totalmente, para que, então, independentemente das nossas diferenças, a plenitude de Cristo reine em nós e sejamos instrumentos afiados cumprindo nosso chamado.

Helena Tannure

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